Controle de Xilófagos: Cupim de Madeira Seca e Cupim de Solo.

Descupinização de CUPINS SUBTERRÂNEOS

No grupo dos cupins subterrâneos encontramos as espécies mais agressivas de insetos xilófagos. Possuem uma sociedade muito bem organizada e a presença destas está generalizada em todo território brasileiro.

Esta espécie perfura qualquer tipo de material, até mesmo o concreto (por isto o nome Cupins de Concreto), para buscarem seu alimento que é madeira (celulose), mas neste percurso além de madeiras danificam, mantas de impermeabilização, telefonia, tecidos, couro, livros, redes elétricas, documentos, etc.

Já é comprovada a alta infestação de cupins, por exemplo, em São Paulo foi realizado pesquisas recentes em um bairro, onde foi constatado que 40% das edificações (edifícios e residências) já haviam sido atacadas.

Os cupins subterrâneos são insetos sociais, como as formigas cortadeiras, têm seus ninhos localizados no solo e se locomovem por tuneis subterrâneos. Por serem sensíveis à luz, procuram locais escuros e protegidos podendo aninhar-se nas estruturas das edificações, prumadas hidráulicas, elétricas, alvenarias, chafts, como lajes entulhadas, caixões perdidos, etc., e saem em busca de seu alimento (madeira).

A sociedade de um termiteiro (cupinzeiro) é composta por três castas de indivíduos (reprodutores, soldados, operários), que são especializados em suas funções.

Os reprodutores podem ser identificados na época das revoadas (siriris ou aleluias), que ocorrem geralmente na primavera ou início do verão, quando então confundidos e atraídos pela luz artificial, voam em torno delas.

Estes após as revoadas caem em jardins ou no solo e ai irão fundar novas colônias. Os que não voarem, ficarão no ninho e serão chamados de reprodutores de substituição, e quando necessário poderão substituir os casais reais ou subdividir a colônia, podendo uma colônia permanecer ativa por centenas de anos, crescendo e se multiplicando. Em fase desenvolvida, podem colocar 5.000 a 10.000 ovos por dia e podem viver até 20 anos.

A casta dos operários é responsável pela limpeza, construção e principalmente alimentação de toda a colônia. Possuem o hábito forrageiro, que é busca constante de novas fontes de alimento, e quando o descobrem, marcam as trilhas, dirigindo os outros indivíduos a buscarem o alimento nestes locais. Este território de ataque é explorado através de uma rede de túneis subterrâneos por um raio em média de 100 metros do ninho, mas já foi constatado a 800 metros.

Os soldados são responsáveis pela defesa e guarda da colônia, demarcando e protegendo seu território contra outras colônias invasoras ou seus inimigos naturais. Assim como os operários possuem seus órgãos sexuais atrofiados, não se reproduzem.

Como podemos observar este é o exemplo de uma sociedade muito bem organizada, e com muitas habilidades para a sobrevivência da colônia e espécie. Portanto para combatê-los é preciso técnica e experiência. Ações precipitadas além de aplicar recursos em soluções paliativas, causarão danos futuros maiores, disseminando a praga para outras áreas ou dependências, colocando a sua segurança e de seu patrimônio em riscos desnecessários.

Controle de Cupins Subterrâneos

Métodos Preventivos

As medidas e métodos preventivos são sempre mais eficazes e baratos, além de evitar os prejuízos causados por cupins e outras pragas.

Para o controle de pragas estas medidas podem ser aplicadas a qualquer tempo, mas o ideal é desde o inicio do projeto e da construção ou reforma do imóvel.

Podemos citar algumas medidas ou ações:

Tratamento Preventivo.

• Sistema de Prevenção Contínua.
• Medidas de saneamento.
• Medidas adotadas no projeto evitando acesso e abrigo de pragas.
• Tipo de materiais na construção da edificação ou equipamentos.

A ACS Service trouxe a tranquilidade para arquitetos e construtores que, cientes da infestação de forma geral do solo por cupins, vinham buscando uma solução preventiva permanente para evitar grandes danos aos preciosos acabamentos em madeira de elevadíssimo. A instalação do Sistema Preventivo deve ocorrer na primeira fase construtiva, deste modo conseguiremos desenvolver um isolamento total do solo infestado ou no caso de apartamento e do edifício e seus respectivos pavimentos.

SISTEMA DE PREVENÇÃO CONTÍNUA: Este sistema se resume em uma rede de irrigação subterrânea instalada antes do contra piso tanto na área externa como interna das áreas edificadas.

Quando injetados os produtos (biológicos, inseticidas, repelentes, bactericidas, ou qualquer outro), nestas redes formaremos as barreiras química DE PROTEÇÃO CONTÍNUA que vão eliminar ou impedir a infestação destas pragas.

Estas redes são de dutos semiflexível e contem uma tecnologia de distribuição a cada 30 cm aproximadamente. Dessa forma quando submetidas a determinada pressão farão a distribuição dos produtos uniformentente no solo construindo e ativando as barreiras de proteção contínua.

Os pontos de abastecimentos são onde serão conectadas as bombas que injetará os produtos nas redes. Estes pontos poderão ser alojados em vários locais preferencialmente externamente a edificação (em paredes, pisos, jardins, etc.).

Em uma edificação pode ser instalado uma ou varias linhas. A localização destas linhas é estratégica e serão posteriormente informadas através de plantas.

A hora de instalar o SISTEMA DE PREVENÇÃO CONTÍNUA é antes do contra piso e após o termino de toda movimentação de solo e implantação de redes subterrâneas (redes esgoto, elétricas, pluviais, cabeada, etc.).

Após ou quando da instalação das redes será efetuada as barreiras química, injetando produtos no solo ou através das redes ou de trados específicos.

As barreiras formadas são continuas e homogêneas, do tipo bolsão, construídas com produtos inseticidas de ação residual e ou repelente aplicados no solo, junto aos alicerces.

Os ingredientes ativos dos inseticidas a serem utilizados nesta etapa, são específicos para esta finalidade, aplicados em quantidades e técnicas recomendadas pelo fabricante e por normas internacionais de segurança e eficiência.

BARREIRA QUIMICA CONVENCIONAL:

Descupinização com tratamento do Solo – Compreende em Barreira Química junto as paredes e estruturas (todo perímetro) para impedir a passagem dos cupins para dentro do imóvel. São utilizados equipamentos com alta capacidade de perfuração, para executar furos com 30 cm aproximadamente. entre furos. A partir deste furos, são injetados calda cupinicida com volume aproximado de 5 litros por metro linear, para formar a barreira e impedir o acesso dos cupins ás estruturas da edificação.

Descupinização com tratamento do madeiramento fixo – Compreende o tratamento de portas, batentes, guarn ições, janelas, rodapés armários embutidos, gabinetes de banheiro e cozinha, lambris, madeiramento de telhado e outros que façam parte da estrutura. Aplicação de calda cupinicida à base de isoparafina (veículo) juntamente com cupinicida, através de perfuração e injeção ou pulverização ou pincelamento.

Descupinização com tratamento de jardins e arvores – Compreende em infiltrações diretamente no solo com equipamento específico (Trado) com jatos dispersos, facilitando a penetração da calda cupinicida cobrindo assim grandes áreas.

Descupinização com tratamento de rede elétrica e telefonia – Compreende em insuflação com pó químico nos quadros de distribuição, conduítes de energia, telefonia e antena, impedindo a movimentação dos cupins nestas áreas.

Métodos Curativos Convencionais

Tratamentos curativos são utilizados quando a praga já infestou uma área ou edificação, mas geralmente quando se percebe a infestação os danos já são elevados, e o problema é sempre maior do que se parece.

Infelizmente este é o método mais usual no Brasil, pois não temos o habito de prevenir problemas, os custos são mais elevados, pois além dos custos do tratamento temos os danos provocados pelas pragas. Geralmente também são menos seguros e mais danosos ao meio ambiente, pois utilizam grandes volumes de produtos, porém deve ser utilizado com critérios a fim de que estes sejam dirigidos para os abrigos ou aos insetos e não ao ambiente onde podem atingir as pessoas. Existem vários tipos de ingredientes ativos e de formulação algumas líquidas, pós, grãos, blocos, gel e outros.

Descupinização de CUPINS DE MADEIRA SECA

O cupim de madeira seca economicamente mais importante no Brasil é o Cryptotermes brevis. Existem 8 espécies do gênero Cryptotermes no continente americano.

O Cryptotermes brevis, chamado popularmente de cupim de madeira seca, é um cupim que encontra-se normalmente restrito à peça atacada, não tendo capacidade de passar de uma madeira infestada para outra a não ser que efetivamente exista um ponto de contato entre ambas as madeiras. Neste caso, a colônia pode se estender e infestar todo o madeiramento em contato.

O tamanho da colônia é proporcional ao tamanho da peça atacada, uma vez que encontra-se restrito a ela. Por este motivo, os cupins de madeira seca normalmente apresentam colônias pequenas, com cerca de 300 indivíduos a alguns milhares. Uma colônia de cupim de madeira seca pode chegar a ter 3000 indivíduos após 15 anos.

O pequeno tamanho da colônia é, entretanto, compensado pelo grande número de colônias que podem ser encontradas em uma determinada estrutura, podendo haver centenas de colônias convivendo no mesmo ambiente. Por estarem protegidos de predadores durante a revoada (que podem ocorrer dentro da própria estrutura), não dependerem de contato com o solo e sobreviverem em madeiras com pouca umidade, muitos alados podem sobreviver por ocasião da revoada e formar novas colônias.